Hoje é dia Mundial da Água e cabe a todos nós uma extensiva
reflexão. O que estamos fazendo para garantir a sustentabilidade para as próximas
gerações? Podemos fazer algo a partir do ambiente em que moramos e dedicamos para
o nosso lazer, sim.
Se faz necessário reforçar a luta incontestável de Fernando
Guimarães Borba, conhecido de todos nós, para a revitalização dos nossos rios,
com isso, devemos nos juntar a essa causa, ajudar a promover ações mantenedoras
de preservação. Ensinar e incentivar nossa juventude a participar desta causa e
cobrar, exigir dos nossos representantes dos poderes executivo e legislativo
local, deixarem de fazer vistas grossas e promoverem políticas publicas
concretas e comprometimento no acompanhamento e execução de tais ações. Uma fiscalização mais
objetiva e eficaz.
O sinal de alerta já foi acionado há bastante tempo. A
responsabilidade é de todos nós. Nossos rios clamam por socorro urgente. Enquanto
isso, não se vê nenhuma divulgação contundente de algum projeto e, ou políticas
publicas em andamento para a preservação e proteção dos nossos mananciais em nossa cidade.
Os contatos do Geneci Braz, Gestor da APA:
VAMOS AJUDAR A
OSCIP RIO LIMPO E A COLÔNIA DE PESCA DE BURAQUINHO.
Por que isto é importante
Porque a revitalização do rio Joanes e dos seus
afluentes significa devolver a vida de trabalho e a sobrevivência de centenas
de famílias que há poucos anos tiravam do Joanes seu sustento até que a
poluição provocada pelos esgotos destas comunidades o transformaram num quase
esgoto a céu aberto.
Toda
pessoa que se junta a esta campanha aumenta nossa força de ação. Por favor,
separe um minuto para compartilhar este link com todos que você conhece:
http://www.avaaz.org/po/petition/SALVAR_O_RIO_JOANES_E_OS_SEUS_AFLUENTES_DA_BACIA_DO_JOANES/?tWSfXgb
http://www.avaaz.org/po/petition/SALVAR_O_RIO_JOANES_E_OS_SEUS_AFLUENTES_DA_BACIA_DO_JOANES/?tWSfXgb
Joanes, um lamento corrente
Por Nayara Lob
“É o pão da mesa pela fome de quem pesca
O peixe arisco da aventura que há de estar
A voz humilde de quem canta esta cantiga
Sem outros sonhos que não seja o de pescar”.
O peixe arisco da aventura que há de estar
A voz humilde de quem canta esta cantiga
Sem outros sonhos que não seja o de pescar”.
Esse trecho da música Cantiga de Rio e Remo, de Oswaldir E Carlos Magrão descreve um dos papéis do rio,
o de prover sustento. O
sustento de um sonho, o sustento de uma família, o sustento de uma região, o
sustento da natureza – plantas e animais.
Hoje vivemos indignados com o
cenário ao qual somos obrigados a presenciar, e, a conviver. Estamos sôfregos
com o dia-a-dia, com os engarrafamentos, com a chuva que inunda, com os
inúmeros problemas da sociedade, pelos quais passam a maioria das cidades. Nossa
região poderia ser um belo modelo diferenciado, com tanta abonança que nos foi
dada pela natureza, mas nós, digo eu, você, os dirigentes políticos, os
dirigentes do lar fazemos pouco caso de tudo isso e assistimos, não mais
lentamente, o nosso mundo se deteriorar, mas já num processo avançado.
Não adianta apenas reclamar. O
mundo não vai mudar com apenas a sua indignação e indiferença. Nossa natureza
está morrendo diante de nossos olhos, e as principais vítimas seremos nós
mesmos. A natureza tem uma lei muito clara: a lei do retorno. Tudo que o ser
humano plantar, vai colher.
Após pequeno desabafo geral,
inicio o tema central do texto: O deterioramento do Rio Joanes. Todos nós
presenciamos a morte do rio como assistimos às telenovelas; apenas como
espectadores. Mas, assim como o comportamento do telespectador define o rumo
das cenas, nosso comportamento também ocasiona a morte de um rio.
Esse tema daria muito pano pra
manga, a da conscientização ambiental e social. Fato que deveremos trabalhar
isso nas nossas escolas, nos lares e na sociedade em geral, mas agora podemos
agir não só para evitar novos desastres ambientais; sim a poluição em si já
pode ser considerada um desastre ambiental, já que interfere no ciclo natural
do planeta. A hora agora é de agir. E de investir de forma pesada para recuperar
um patrimônio natural do qual dependem, ou dependiam, de forma direta centenas
de famílias ribeirinhas.
“Ah, o sonho de morar num
paraíso natural, de paz, tranqüilidade e segurança”. Esse sonho vem se tornando
pesadelo para os moradores que investiram em suas belas casas na beira do rio
Joanes. Diria ainda que esses não são os mais prejudicados pela poluição e
estado de morte do nosso rio. O rio traz um lamento, e junto com ele o
desespero das famílias que vivem da pesca, das águas do rio para lavar e
cozinhar, além do banho em sua margem.
Esse também é um lamento da Rio
Limpo, que hoje conta com o apoio das duas colônias de pesca de Lauro de
Freitas e de 80 condomínios localizados próximos ao rio Joanes, nas cidades de
Camaçari e Lauro de Freitas.
O momento agora é de
conscientização, para que os condomínios, empresas e casas que ainda adotam a
prática ‘ilegal’ de lançar seus dejetos nos rios não mais o façam e de ação, ação de limpeza e
recuperação do nosso rio, que foi e será nosso sustentáculo.
Esse poema traduz a situação do
rio Joanes:
O que ouves e interpretas como
acalento
Nada mais é que meu lamento
Insensíveis poluíram-me a nascente
Relegaram-me ao apodrecimento
Quando priorizaram o desmatamento
Alteraram meu curso natural
Represaram-me sem nenhum acanhamento
Em nome do progresso, mas da vida em detrimento
E agora quando quase nada mais me resta
Quando irreversível é meu assoreamento
É difícil, mas não impossível o meu reaparecimento
Basta que seus semelhantes
Não me tinjam com seus excrementos
Basta que apenas mudem seus procedimentos
Quero correr livre e puro como nasci
Levando água para o mais distante povoamento
Com fartura de peixes e vida em todo momento
Quero de novo saciar a sede do ribeirinho sedento
Quero de novo abrigar a piracema, festejar o nascimento
Comemorar a vida sem nenhum impedimento.
Quero desaguar lá longe
Caudaloso, majestoso, orgulhoso, ressuscitado.
Nada mais é que meu lamento
Insensíveis poluíram-me a nascente
Relegaram-me ao apodrecimento
Quando priorizaram o desmatamento
Alteraram meu curso natural
Represaram-me sem nenhum acanhamento
Em nome do progresso, mas da vida em detrimento
E agora quando quase nada mais me resta
Quando irreversível é meu assoreamento
É difícil, mas não impossível o meu reaparecimento
Basta que seus semelhantes
Não me tinjam com seus excrementos
Basta que apenas mudem seus procedimentos
Quero correr livre e puro como nasci
Levando água para o mais distante povoamento
Com fartura de peixes e vida em todo momento
Quero de novo saciar a sede do ribeirinho sedento
Quero de novo abrigar a piracema, festejar o nascimento
Comemorar a vida sem nenhum impedimento.
Quero desaguar lá longe
Caudaloso, majestoso, orgulhoso, ressuscitado.
(Carvalho de Azevedo –
Homenagem ao rio Tietê)
0 comentários:
Postar um comentário